quarta-feira, 19 de maio de 2021

Resenha: Ousadas vol. 2

 

No livro “Ousadas: mulheres que só fazem o que querem”, volume 2, a francesa Pénélope Bagieu dá continuidade a seu projeto de apresentar histórias de mulheres fortes e destemidas, que desafiaram sua época para conquistar o que queriam. Conhecemos, em um divertido formato de HQ, artistas, ativistas, inventoras, contraventoras e etc., figuras marcantes, resgatadas por seu papel histórico-social.

Alguns exemplos que me marcaram:

- Sonita Alizadeh é uma rapper afegã contemporânea, ainda viva, que denuncia em suas músicas a condição da mulher em seu país, em especial os casamentos forçados de crianças em troca de dote. Ela quase foi vítima de uma dessas negociações e foi rejeitada por sua família após fazer sucesso como rapper, mas conseguiu ser acolhida nos Estados Unidos.

- A famosa cantora Betty Davis enfrentou muita resistência em sua época com suas letras maliciosas e danças sensuais. Imaginem uma negra expondo assim sua sexualidade nos anos 1970? Mas ela conhece seu valor e faz impor sua vontade, deixando um legado importante de renovação para o mundo musical.

- Frances Glessner Lee, dona de casa entediada, acaba encontrando uma ocupação ao fazer miniaturas. Ao conversar com amigos médicos do irmão, descobre a dificuldade em exercer a medicina legal por falta de preparação policial. Então, ela tem a ideia de fazer maquetes com réplicas perfeitas de cenas de crimes hediondos para formar os profissionais que trabalham com isso. Ela é nomeada capitã da polícia de New Hampshire (a primeira mulher a obter o título). Até hoje, suas maquetes são utilizadas como ferramentas de trabalho por criminólogos.

 

Pra quem ainda não viu, comentei há pouco sobre o volume 1, que é tão interessante quanto!

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