No livro “Ousadas:
mulheres que só fazem o que querem”, volume 2, a francesa Pénélope Bagieu dá
continuidade a seu projeto de apresentar histórias de mulheres fortes e
destemidas, que desafiaram sua época para conquistar o que queriam. Conhecemos,
em um divertido formato de HQ, artistas, ativistas, inventoras, contraventoras
e etc., figuras marcantes, resgatadas por seu papel histórico-social.
Alguns exemplos que me marcaram:
- Sonita Alizadeh é uma
rapper afegã contemporânea, ainda viva, que denuncia em suas músicas a condição
da mulher em seu país, em especial os casamentos forçados de crianças em troca
de dote. Ela quase foi vítima de uma dessas negociações e foi rejeitada por sua
família após fazer sucesso como rapper, mas conseguiu ser acolhida nos Estados
Unidos.
- A famosa cantora Betty
Davis enfrentou muita resistência em sua época com suas letras maliciosas e danças
sensuais. Imaginem uma negra expondo assim sua sexualidade nos anos 1970? Mas
ela conhece seu valor e faz impor sua vontade, deixando um legado importante de
renovação para o mundo musical.
- Frances Glessner Lee,
dona de casa entediada, acaba encontrando uma ocupação ao fazer miniaturas. Ao
conversar com amigos médicos do irmão, descobre a dificuldade em exercer a
medicina legal por falta de preparação policial. Então, ela tem a ideia de
fazer maquetes com réplicas perfeitas de cenas de crimes hediondos para formar
os profissionais que trabalham com isso. Ela é nomeada capitã da polícia de New
Hampshire (a primeira mulher a obter o título). Até hoje, suas maquetes são
utilizadas como ferramentas de trabalho por criminólogos.
Pra quem ainda não viu,
comentei há pouco sobre o volume 1, que é tão interessante quanto!
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