Colocar-se como prioridade é muito mais difícil na
prática do que pode parecer. Porque somos educados para ser gentis com os outros,
mas nos esquecemos de ser gentis com nós mesmos. Somos acostumados a procurar o
amor no outro e esquecemos que o amor já está em nós. Então, acumulamos
desilusões por depositar expectativas demais nas pessoas em vez de gastar nossa
energia tentando nos tornar melhores. Melhores para nós mesmos e,
consequentemente, para os outros. Porque quem se respeita sabe respeitar o
outro, quem é sua melhor companhia sabe ser um bom amigo, quem se ama de
verdade está cheio de amor para dar. Portanto, colocar-se como prioridade não é
egoísmo, é apenas bom senso, é entender que o afeto começa de dentro para fora
e só estamos prontos a oferecer aquilo que já possuímos em nós. Construir uma
boa autoestima é essencial para não precisarmos mendigar atenção. Trata-se de um
trabalho diário, um esforço cotidiano de focar em si, nas suas necessidades,
nos seus limites, de reorientar o olhar de modo que nos enxerguemos em primeiro
lugar. Assim, naturalmente, nosso humor melhora, nossas reclamações diminuem,
nosso coração fica pleno. Cuide-se.
domingo, 9 de setembro de 2018
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
Vida adulta
Há um momento na vida em que nos sentimos adultos,
sentimos o peso da vida adulta, com suas desilusões e cansaços. Sim, o adulto é
um ser cansado, calejado. “Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui
de mágoa”. O adulto é um ser sofrido, exaurido. “E qualquer desatenção, faça
não, pode ser a gota d’água”. O adulto é um ser no seu limite. A vida adulta se
dá na corda bamba, é um show sem treino, uma corrida contra o tempo. Mas às
vezes o adulto esquece que é adulto e se permite irresponsabilidades de adolescente
e puerilidades de criança – aí ele se descobre, se desnuda e se torna leve; aí
a vida parece valer a pena, por esses pequenos momentos de distração.
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