A pesquisadora Brené Brown se tornou
famosa mundialmente a partir de uma palestra de muito sucesso no TED Talks.
Nesse vídeo, ela compartilha dados, fatos curiosos e experiências pessoais que
vivenciou durante a sua pesquisa sobre vulnerabilidade. A ideia central é que,
quanto mais abraçamos a nossa vulnerabilidade, quanto mais nos expomos e nos lançamos
no mundo, maiores as chances de criarmos vínculos autênticos com as pessoas e de
sermos mais felizes e satisfeitos com nossas vidas. Só que isso pode ser
bastante difícil e doloroso. No livro “A Coragem de ser Imperfeito”, a pesquisadora
divide conosco mais informações e conceitos para nos ajudar nesse processo.
Brené Brown chama esse tipo de
pessoa (que abraça a vida, que tem autoconfiança e amor próprio desenvolvidos) de
“pessoa plena”. E é muito importante acolher a vulnerabilidade para se tornar
uma pessoa plena. Vivemos numa “cultura da escassez”, em que nunca se é bom o
bastante, bonito, inteligente, rico, bem sucedido o bastante. E o oposto da
escassez não é o excesso, igualmente prejudicial, mas o suficiente, a
plenitude.
É preciso entender que
vulnerabilidade não é fraqueza: pelo contrário, é sinal de coragem. E também
não significa se superexpor em busca de aprovação, isso é carência. É
necessário superar a vergonha e saber o momento de pedir ajuda, estabelecer
relações baseadas na honestidade e na reciprocidade para “viver com ousadia”,
que normalmente é o que todos querem.
Um dos pontos mais interessantes do
livro é quando a autora menciona os principais medos das mulheres e dos homens
com quem conversa. As mulheres costumam ser cobradas para ser perfeitas e são julgadas
o tempo todo. Já os homens costumam ser muito criticados e cobrados, não se
permite que eles demonstrem fragilidade.
“A Coragem de ser Imperfeito” tem
seus momentos mais “autoajuda”, com exemplos um pouco bobos e desnecessários,
mas, de forma geral, é uma obra que de fato nos ajuda a entender alguns pontos da
sociedade ocidental e nos dá alguns bons conselhos de como encarar a vida com
mais leveza. O mais importante é tentar colocar toda teoria em prática, senão
tudo se torna apenas um discurso bonito.