Preciso dizer que me amo. Mesmo nos dias ruins. Mesmo de máscara de
argila na cara, de pijama largada na cama, o cabelo bagunçado, a unha por
fazer. Me amo preguiçosa, manhosa, birrenta, insuportável. Me amo em todas as
circunstâncias. Nunca vou desistir de mim. Me amo e me aceito como sou. Tenho
orgulho de quem me tornei, das minhas metamorfoses diárias. Sei que posso me
aperfeiçoar, mas dentro dos meus limites e no meu próprio ritmo, naturalmente.
Aceito os meus silêncios, os meus gritos surdos, as minhas manias. Guardo os
meus segredos. Recebo as críticas construtivas, descarto as destrutivas. Eu me
amo infinita, verdadeira e eternamente. E quem não me ama de volta não tem espaço
no meu coração.