quarta-feira, 4 de junho de 2014

Medo do Ridículo

Eu não sei por que tanto medo de ser ridículo. Somos todos patéticos. Viver é o maior absurdo que existe. Criamos distrações fúteis e úteis para disfarçar, mas não enganamos o Tempo. Então, antes que ele nos mate, vamos matar a vergonha de ser feliz. Porque, sinceramente, esse medo do ridículo... É ridículo.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

domingo, 4 de maio de 2014

Medo

Medo. Todos temos medo. Medo de tudo. Medo do medo. Medo da morte. Não só da nossa morte, mas de tudo que morre durante a vida. Medo do amor, porque ele é bom demais. Medo do inferno, porque ele é ruim demais. Medo. Vivemos o tempo todo com medo. Medo de arriscar. Medo de voltar atrás. Medo de ir em frente. Medo de perder. Medo de ganhar. Medo de não conseguir. Medo de conseguir. Medo da covardia. Medo da coragem. Medo do medo. Medo do alívio após o medo. Medo do próximo medo. Medo do medo anterior que reaparece. O meu maior medo é que o meu medo seja maior. Maior que eu. Maior que o medo.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Texto Contraditório

No fundo, quem nunca se contradiz nada diz. Somos humanos. Imperfeitos, contraditórios, todos errados. E ainda assim buscamos uma lógica para o ilógico, uma explicação para o inexplicável, um sentido para o sem sentido. Ainda assim, buscamos uma coerência. Precisamos disso, dessa justificativa ilusória que salvará nossa consciência da culpa. Tentamos ser coerentes, mesmo na nossa contradição. É importante tentar.

domingo, 6 de abril de 2014

Tempo de Solidão (trecho de projeto)

Hoje em dia, fazemos de tudo para manter a ilusão de que nunca estamos sozinhos. Saímos, nos cercamos de pessoas, ligamos a TV, conectamos o chat na Internet... Fazemos de tudo para não pensar na solidão, rejeitamos, tememos essa ideia. No entanto, nunca estivermos tão solitários e perdidos. E sequer temos a consciência de que nossa busca por quem nos complete, nossa eterna carência, é vã. Afinal, nascemos e morremos sós; no fundo, sempre estamos sós. As pessoas são vagas lembranças nas nossas vidas. E não há solidão maior, mais angustiante e aterradora do que o anonimato no meio da multidão.

O ser humano é o ser social mais solitário que existe. Mas, teimosos, contraditórios, negamos nossa própria condição, lutamos contra a corrente e perseguimos o ideal da felicidade conjunta.

(Inteligência Assassina - Projeto de romance)