As palavras me perpassam,
me transpassam, me transbordam. As palavras me acalentam, me alimentam, me
sufocam. As emoções se escondem, fogem, se apertam dentro de mim. Meu coração é
rio e eu sou represa, ainda tão presa ao pensamento, apesar de tudo. Meu corpo
é cachoeira e eu fecho a torneira, paro, travo, acabo e não me acabo. Mas cada
vez menos. Cada vez menos me importo, cada vez mais sou porto e faço as pazes
com meu corpo, com minha mente, que tanto sente e se ressente, mas, no fundo,
se reconhece potente. Sou ser vivente e brincante, uma grande amante da arte de
viver.
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