Inspire... Expire...
E não pense em nada. Certo? Errado. Meditação não é sobre não pensar em nada: é
muito mais sobre não se prender a nenhum pensamento e deixar fluir. Mas leva um
tempo até entender isso, especialmente na prática.
Comecei a meditar
junto com a prática de yoga, em 2018, após uma crise de ansiedade. Senti que
aquilo poderia me ajudar, me daria a paz de que necessitava. Depois se tornou
um ritual diário: medito todas as manhãs e/ou noites. Pelo menos uns cinco
minutinhos pra começar bem o dia ou pra ir dormir mais tranquila. Costumo fazer
a meditação guiada ou o Hoponopono no japamala (uma espécie de terço indiano).
E realmente me ajuda muito, já consigo diminuir o nível de estresse e encontrar
meu eixo com mais facilidade.
Porém, isso não quer
dizer que o exercício, tão saudável para o corpo e o espírito, não envolva os
seus desafios. No início, parece que o tempo não passa e que não vai funcionar.
Quando o instrutor fala pra relaxar e aquietar os pensamentos, abrir mão do
controle e não fazer esforço, já bate aquele desespero: mas, gente, como faz
isso? Socorro!
Quem me conhece superficialmente
acredita que eu sou super tranquila e por isso tenho facilidade com esse tipo
de prática. A verdade é que posso ser bastante impaciente e impulsiva (quem
nunca?) e justamente por isso preciso meditar. “Ah, não tenho paciência pra
essas atividades paradas...”. É pra esse tipo de pessoa que a prática é mais
útil. Pra todos, na verdade. Mas com calma. Sem pressão. Vai no seu tempo. Até
porque meditar não é só sentar em postura meditativa. É possível meditar
lavando a louça, limpando a casa, ouvindo música... Meditar é ter atenção
plena. Viver o momento presente. Bonito, não é? Não custa tentar, pois só faz bem.
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