terça-feira, 5 de outubro de 2021

Sobre namoro por indicação

 

As conversas com os amigos me rendem ótimas pérolas e assuntos pra cronicar. Outro dia, falando sobre a vida amorosa com uma amiga, ouço o seguinte: “Ah, cansei! O melhor mesmo é namoro por indicação”. Namoro por indicação... Seria o velho método de conhecer pessoas por amigos em comum? Acho que a gente ficou tão acostumada a aplicativos que esquecemos disso. E, convenhamos, o Tinder (e afins) desestimula mesmo. A gente entra com vontade de namorar/transar/conversar e sai valorizando cada vez mais nossa própria companhia. Ainda mais se você gosta de homens. Aí então... Força, guerreira/o!

Mas como funcionaria o namoro por indicação? “Oi, tô te recomendando Fulano. Ele é ótimo, sabe conversar e tem todos os dentes da boca, você vai adorar!”. Afinal, Fulano não é qualquer um. Tem bons antecedentes. Cicrano que me indicou, sabe? Vish, isso tá pior que entrevista de emprego. Me envia logo o currículo desse Fulano aí. Ele tem carta de recomendação de alguma ex? (Duvido).

Brincadeiras à parte, não tá fácil pra ninguém. Acho que nem com indicação dá certo. Nem com amigos em comum. Nem com Santo Antônio pendurado (socorro). Os solteiros ainda têm um caminho árduo a percorrer. Ir além do “O que você busca por aqui?” e o “Oi, sumido/a”. Galgar as fronteiras dos encontros reais, sem desmarcar inventando uma desculpa qualquer. Ultrapassar os perigos do friendzone. São muitos obstáculos. Mais fácil ganhar uma medalha olímpica. Os bons encontros são mesmo raros. Por isso devem ser valorizados. Se você está nesse mesmo barco, boa sorte pra nós! Se já encontrou alguém, vê se me indica um amigo. Afinal, nunca se sabe. Não devemos desprezar os velhos métodos.

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