Quando eu era pequena, achava o Natal mágico. Adorava distribuir os presentes. Eu e os meus primos. Líamos em alto e bom som: de Fulano para Cicrano e procurávamos Cicrano para entregar o presente em questão. Mesmo deixando de acreditar em Papai Noel muito cedo, aos seis anos, sem nunca ter sequer escrito uma cartinha, isso não tirou meu encanto pelo Natal. Eu gostava das decorações, das reuniões em família, dos presentes, da comida (que só podíamos comer à meia-noite, pela tradição do vovô), de tudo. Era uma das melhores épocas do ano.
Fui crescendo e a magia foi se perdendo. O Natal passou a ser uma data como outra qualquer. Embora eu ainda goste da comida e dos presentes, o resto se tornou um pouco banal. Estar com a família é bom, mas já nos reunimos bastante ao longo do ano. Meus avós estão doentes, o que torna o clima um pouco pesado. E o calor também não ajuda.
Talvez o Natal seja mesmo uma data como outra qualquer. Então, como qualquer outra data, pode ser especial ao seu modo. Novas tradições podem se formar, se as velhas não funcionarem mais. E, o mais importante, nós podemos nos renovar. Alguns ciclos têm se fechado esse ano para mim e começarei 2025 com novos projetos, um novo gás. Mas do Ano Novo vamos falar depois.
Não sei como vai ser esse
Natal. Está tudo bem se não tiver a magia da minha infância, porque as
circunstâncias são outras. Porém, estarei com as pessoas que amo comendo comida
boa. O que poderia ser melhor? A gente também aprende a amar as coisas simples.
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