sexta-feira, 18 de junho de 2021

Sobre o escorpião e o sapo

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa abre seu livro “Mentes Perigosas” com a história do sapo e do escorpião para explicar o comportamento dos psicopatas. Um escorpião pede ajuda a um sapo para atravessar o rio. O sapo pergunta como pode saber se o escorpião não vai picá-lo no caminho, mas este garante que isso não vai acontecer, ou os dois morreriam. O sapo, então, aceita realizar o favor. Porém, na metade do caminho, o escorpião o pica. O sapo questiona: “Por que você fez isso? Agora vamos os dois morrer!”. Ao que o escorpião replica: “Eu sei. Mas é da minha natureza”.

Vou contar outra história boba, de caráter pessoal. Eu estava a fim de um cara e sabia que ele iria ao evento de uma amiga. Fui animada para encontrá-lo. Chegando lá, minha amiga ainda não estava, mas ele sim... Com a namorada. Conversei com os dois e descobri... Que a garota era muito gente boa. Nos demos bem e passamos momentos bem agradáveis, até a minha amiga chegar. O que eu posso fazer? É da minha natureza. Tenho grande fascínio pelos escorpiões, aqueles que condenam à morte, via meus estudos sobre psicopatas. Mas eu estou mais pra sapo. Morro tentando a salvação.

Na vida, tem gente escorpião e gente sapo. Os que confiam e os que ferem. É sempre uma escolha. O que não quer dizer que devemos ser ingênuos e confiar em qualquer escorpião que aparece pelo caminho. É importante saber nos proteger. Por isso ignorar o mal é tão nocivo quanto idolatrá-lo. Temos que conhecer o inimigo para combatê-lo. Ainda assim, seguir acreditando. É difícil, mas sempre há um caminho. Deve haver outras maneiras de atravessar o rio. Ninguém precisa levar um escorpião nas costas.

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