segunda-feira, 12 de abril de 2021

E se fosse só...

 

E se fosse só medo? E se, esse tempo todo em que estivemos lutando contra um inimigo invisível, descobríssemos que poderíamos vencê-lo derrotando o próprio medo? E se de repente nos uníssemos em prol do bem estar coletivo e descobríssemos que a cura já está em nós? E se confiássemos na ciência e nos ajudássemos com informação verídica e cuidados básicos? E se parássemos de nos digladiar pra saber quem tem mais razão, oscilando entre a ignorância e a paranoia, destruindo laços e inventando teorias da conspiração?

E se fosse só medo? Medo de machucar e ser machucado, medo do mal que podemos causar e sofrer pelo contato humano, estranhos porcos espinho a procura de uma distância segura para se relacionar? E se fosse só medo de ser humano, de amar indistinta e incondicionalmente nossos semelhantes?

Sonho com o dia em que vamos poder sair na rua, tirar a máscara e nos abraçar. Sonho com o dia em que conseguiremos aceitar as diferenças e aprender com elas. Sonho não apenas com o fim da pandemia, mas com o fim do pior mal que nos assola: o medo. E, como derivados, o ódio, a indiferença, a soberba, a prepotência, o egoísmo... Tudo barreira pra gente derrubar.

Pode ser utopia minha, mas é que eu tô nessa luta, sabe? Vem comigo, se você tiver coragem. Não dá pra vencer essa batalha sozinha. Vamos precisar de todo mundo, como diz a canção, um mais um é sempre mais que dois. Porque, sabe... E se fosse só medo? Mas... Mas e se... E se fosse só amor?

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