A novela Cabocla (2004) está sendo reprisada na Edição Especial da Globo e entrou em sua reta final. Sou uma grande fã dessa produção, desde a primeira vez em que ela foi exibida, quando eu tinha apenas 12 anos. Em 2008, quando ela reprisou no Vale a Pena Ver de Novo, fui procurar o livro em que o autor, Benedito Rui Barbosa, se inspirou para desenvolver a história dos protagonistas. E, no fim do ano passado, reli. Estou falando de “Cabocla”, de Ribeiro Couto, de 1931.
A história base é a mesma da novela: o jovem Luís Jerônimo (no livro, apenas Jerônimo), que leva uma vida boêmia no Rio de Janeiro, descobre uma lesão em um dos pulmões, um prenúncio de tuberculose (que, na época, era fatal) e é mandado pelo seu pai para se tratar na pacata Vila da Mata, uma cidadezinha no interior do Espírito Santo. Lá, ele se apaixona pela vida no campo e pela cabocla Zuca, moça simplória e faceira.
Aqui vão algumas curiosidades sobre o livro, em comparação com a novela:
- A prima Emerenciana tem
vários filhos pequenos. Na novela, ela só tem uma filha, a Belinha, e começa
grávida.
- Alguns personagens,
como o Zé da Estação, pai da Zuca, e a própria Zuca, não possuem todos os
dentes da boca rs.
- O Tobias, noivo da
Zuca, não aparece no livro, é apenas mencionado. Ele trabalha em Vitória.
- A Pequetita troca
cartas com o Jerônimo e é bastante preconceituosa. Em várias ocasiões ela diz
para ele tomar cuidado com os indígenas.
- Zuca tem um cavalo preferido, o Pigarço, que logo também se torna o preferido de Jerônimo.
Cabocla tem uma história muito
simples, bonita e romântica. Sua primeira versão na teledramaturgia foi em 1979
e o remake, mais conhecido atualmente, é de 2004, com os lindos e maravilhosos
(sim, sou fã rs) Vanessa Giácomo e Daniel de Oliveira nos papéis principais. Seus
personagens cativantes ainda nos encantam e, para os fãs e curiosos, ler o
livro é um mergulho mais profundo nessa trama tão singela, emocionante, divertida
e gostosa de acompanhar.