terça-feira, 9 de junho de 2020

Abelha

Uma abelha entrou pela janela 

Até tentei não ligar pra ela

Mas logo estava em cima de mim

Sacudi as mãos e ficamos assim

As duas desnorteadas

Igualmente estabanadas

Ela zunindo, eu calada

Aquilo não resolvia nada

Então parei por um segundo

Observei seu voo sem rumo

E esperei que encontrasse o prumo

Ela pousou na minha mão

Num gesto de gratidão

Sem perceber, eu sorri

E a deixei zanzar por aí

Saiu quando quis, sem avisar

Mas às vezes vem me visitar

Ficamos amigas, quem diria

É essa estranha companhia

Que me ensina todo dia

A importância de respeitar toda criatura

Sem frescura

E, se possível, alguma doçura

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