terça-feira, 21 de setembro de 2021

Você partiu meu coração


Você partiu meu coração
Eu te parti ao meio
E agora, bundão
Tá com receio?

Como vivo seu pulmão
Seu fígado manuseio
Eu não sei dizer não
Não tenho freio

Hannibal se orgulharia
Dessa minha orgia
E toda a vilania
Da minha companhia

Dou sua carne aos porcos
É o que você merece
Você foi morrendo aos poucos
Desse mal não mais padece

Cruel, eu?
Tenha santa paciência
Foi você quem me fodeu
E depois pediu clemência

Você não sabe o que é dor
Não sofreu quase nada
Ninguém mandou, amor
Me fazer de piada

Bebi seu sangue
Comi suas vísceras
Agora lambe
As larvas mortíferas

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Sobre o momento ideal

 

Um dia desses, na terapia, me deparei com uma daquelas questões “tapa na cara” que nos fazem refletir a fundo sobre a nossa vida. Minha terapeuta apontou que eu falava dos meus projetos como se fossem algo muito distante. Por que não arregaçar as mangas e começar logo a dar corpo a eles? Falando assim, parece óbvio, mas quantas vezes não adiamos nossos sonhos, por medo, preguiça ou comodismo?

Acontece que a gente fica, muitas vezes, esperando o “momento ideal”. “Quando eu sair de casa”, “quando casar”, “quando mudar de emprego”, “quando investir em tal coisa”... E, no final das contas, não fazemos nada pra nos planejar e tornar esses eventos possíveis. Porém, se nos colocamos nessa postura “à espera de um milagre”, aí é que as coisas não acontecem mesmo.

Não por coincidência, eu andava muito devagar, dormindo demais e desmotivada há um tempo. Me faltavam metas e disciplina pra realizá-las. Claro que momentos de pausa e descanso são essenciais. Mas até esses momentos cansam quando não gastamos energia em projetos pessoais e profissionais. E são simples os gestos que podem mudar isso. Ler 10 páginas por dia, escrever 500 palavras a cada manhã, caminhar pela tarde três vezes por semana... Pequenas metas. Baby steps. Depois, é claro, podemos pensar em coisas mais audaciosas, mais a longo prazo, como uma mudança de casa ou de carreira, se assim desejarmos. Entretanto, é preciso começar de algum lugar. E sabemos que essa pandemia não tá fácil pra ninguém. Mas a gente faz o que pode pra se manter são.

Eu comecei eliminando alguns maus hábitos que adquiri com o home office, como voltar pra cama logo depois de acordar ou depois do almoço. Procuro dormir bem à noite e, durante o dia, deixo a preguiça de lado pra dar conta das minhas atividades. Não me sobrecarrego de coisas, procuro focar no que preciso fazer e já estou planejando, pro ano que vem, meu Doutorado e minha saída da casa dos pais, vontades que vinham se acumulando em mim. É uma delícia quando um projeto sai do papel. Devagar e sempre em frente, podemos dominar o mundo (insira aqui minha risada macabra). Mas não antes de conseguir o mais difícil, que é nos disciplinar.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

A Mulher de Virgem

 

A virginiana é um ser analítico. Pode até não possuir a vida organizada, mas certamente faz de tudo pra se planejar, pois gosta das coisas em ordem. Comprometida com o que faz, leva bastante a sério o trabalho e as relações. Costume cumprir suas promessas e exigir que as que lhe são feitas também sejam cumpridas.

De espírito crítico, pode ser uma excelente conselheira, daquelas práticas e objetivas, que visam melhorar a vida da pessoa. E normalmente ela está pronta pra ajudar, em especial aqueles que ama. No entanto, se exagera na crítica, pode ser vista como cri-cri. Não diga a uma virginiana que ela é fria e rígida demais, pois, apesar de não demonstrar tanto os sentimentos, ela pode ser extremamente sensível. Mostre-lhe, de forma gentil, que ela pode se permitir relaxar e ser mais flexível.

Atividades ligadas ao contato com a terra, como jardinagem, podem lhe fazer bem, assim como anotações em planners e agendas. Seu estilo metódico se adapta bem a uma rotina regrada. Virginianas geralmente são reservadas, mas podem ser uma ótima companhia, pois são fiéis e honestas. É preciso muito comprometimento para amar uma virginiana.

Ménage à trois

Eu

Um bom livro

E uma taça de vinho