“Tu te tornas eternamente trouxa pelas expectativas que
crias” (Antoine de Saint-Exupéry – juro que foi, eu vi no Google). Não vou
criar expectativas, não vou criar expectativas, não vou criar expectativas...
Já está criando. Aliás, essa é a pior de todas: a expectativa de achar que vai
conseguir não criar mais expectativas. Quer saber? Relaxa. Criar expectativas é
natural para nós. Natural e mesmo saudável, até certo ponto. Porque se empolgar
com um novo projeto, uma nova pessoa, uma nova oportunidade é muito gostoso. O
problema é quando nossas expectativas são altas demais e/ou realistas de menos,
o que nos leva a constantes frustrações.
Então, como criar expectativas possíveis e estimulantes?
Não existe exatamente uma fórmula, funciona mais por tentativa e erro mesmo. Afinal,
só conhecemos os nossos limites após ultrapassá-los. E todo mundo tem alguma
história de fracasso e desilusão pra contar. De como achamos que aquela pessoa
era o amor das nossas vidas e ela acabou se revelando uma bela filha da puta. De
como acreditamos que conseguiríamos o emprego dos sonhos, mas as circunstâncias
não nos permitiram. Ou até conseguimos, porém o sonho se tornou um pesadelo no
dia a dia. Insira aqui qualquer outro exemplo, em qualquer setor da vida que
seja.
A questão é: o que aprendemos com esses erros e frustrações?
Porque podemos chorar em posição fetal e culpar o mundo mau, nos colocando como
eternas vítimas do destino, ou podemos tentar reavaliar o caminho, pensando em fazer
diferente na próxima vez. Isso envolve nos responsabilizar pelas nossas atitudes.
E pelas nossas expectativas. Será que não meti os pés pelas mãos? Será que não
agi impulsivamente, sem medir as consequências? Será que não apostei demais em
alguém que dava sinais claros de desinteresse? Acontece. Calma, respira, põe a
cabeça no lugar e se reconstrua. O bom das expectativas é que elas se moldam ao
nosso momento, se conectam à nossa energia. Expectativas são flexíveis e
mutáveis, assim como nós deveríamos aprender a ser. Aproveite.
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